quarta-feira, 23 de julho de 2014

Viagem de MG ao ES de trem será feita em composição de luxo a partir de agosto

Mineradora Vale investiu US$ 80,2 milhões para aquisição da nova frota. Vagões são climatizados e obedecem a padrões europeus de qualidade

Estado de Minas

As pessoas que já viajaram de trem, ou mesmo aquelas que têm curiosidade de embarcar em um transporte ferroviário, vão ter um novo motivo para utilizar esse meio de transporte a partir da segunda quinzena de agosto. Nessa data, vai entrar em circulação o Trem de Passageiros da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM). De acordo com a mineradora Vale, o investimento para a aquisição da nova frota foi de US$ 80,2 milhões, o que vai possibilitar aos passageiros o embarque e desembarque em 30 pontos ao longo da malha atendida pelo serviço.

No início deste ano, a Vale anunciou o investimento para a compra dos carros que irão operar na estrada de ferro. Fabricados na Romênia, os vagões obedecem a padrões europeus de qualidade. De acordo a empresa, serão 56 novos carros, sendo 10 executivos e 30 econômicos. Ainda como parte do investimento, estão novos carros para restaurante, lanchonete, gerador e cadeirantes, que foram integrados à frota.

Cada carro executivo tem capacidade para transportar 57 passageiros e os econômicos vão poder trafegar com 75 pessoas. Porém, em ambas as classes os carros são climatizados e contam com tomadas elétricas individuais nas poltronas para possibilitar o carregamento de notebooks e celulares. A área executiva custa R$ 91 para todo o percurso e terá sistema de som e iluminação individualizados para dar maior conforto e comodidade aos viajantes. Os carros-restaurante terão 72 lugares, aumento de 56% em relação às composições que operam atualmente. O setor econômico custa R$ 58.

O novo Trem de Passageiros da Estrada de Ferro Vitória a Minas ainda oferece banheiros modernos, com layout e tecnologias voltadas a priorizar o uso sustentável dos recursos naturais, como a substituição de papel-toalha por ar quente para a secagem das mãos. Toda a composição ainda vai contar com detector de fumaça, para aumentar a segurança dos usuários. Os passageiros vão ter displays externos e internos que exibem informações gerais sobre a viagem.

O trajeto de Minas Gerais para Vitória (ES) tem extensão de 664 quilômetros e passa por 42 municípios. A mineradora informou ainda que mais de R$ 1 milhão de passageiros são transportados por ano. 

Estado de Minas

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Parlamento busca revitalização de ferrovias no Estado de SP

Da Redação: Josué Rocha

Lorival Messias: Coordenador da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Transporte Ferroviário de Passageiros nas regiões de Campinas e Jundiaí

As primeiras companhias ferroviárias no Estado de São Paulo surgiram na década de 1860, tendo como força motriz as plantações de café. O sucesso da interligação entre Santos e Jundiaí estimulou a formação de outras vias, dando acesso às regiões de Itu, Sorocaba e Mogi das Cruzes. O modal ferroviário, tão importante no início do século 20, começa a sofrer declínio com o apoio do governo à indústria automobilística, atraindo montadoras americanas e europeias, o que levou a construção de inúmeras rodovias. 

A poluição provocada pelos automóveis, os congestionamentos constantes nas grandes metrópoles e o alto custo do combustível têm feito o país buscar alternativas para o transporte terrestre. A revitalização da malha ferroviária do Estado é uma dessas alternativas e está na pauta da Assembleia Legislativa. 

Desde 2011 - primeiro ano da atual legislatura " foram promovidas audiências públicas, envio de ofícios requerendo providências, reuniões com autoridades e empresários do setor, além de inúmeras diligências ao interior paulista. Naquele ano, inclusive, foi criada a Frente Parlamentar em Defesa da Malha Ferroviária Paulista, com apoio de mais de 20 parlamentares e coordenada por Mauro Bragato (PSDB). 

O representante da Secretaria estadual dos Transportes, Milton Xavier, durante audiência pública na Assembleia Legislativa, em abril de 2014, elogiou a iniciativa de se colocar a defesa do modal ferroviário na agenda do Parlamento. "As estradas estão entupidas, a mobilidade e os custos logísticos ficaram insustentáveis", afirma Xavier. Ele observa que o Estado de São Paulo já percebeu o equívoco cometido pelos governantes nos últimos 60 anos ao incentivarem, quase que exclusivamente, o modal rodoviário. Ele afirma que atualmente há políticas públicas também para a ferrovia. 

Interior paulista 

A manutenção e a expansão da malha ferroviária em direção ao interior paulista suscitaram várias intervenções parlamentares. A cidade de São José do Rio Preto, em novembro de 2013, sofreu com o descarrilamento de um trem da América Latina Logística (ALL). Dois vagões que transportavam milho atingiram uma casa e acabaram matando oito pessoas. O deputado Sebastião Santos (PRB) iniciou, à época, uma campanha pedindo a retirada dos trilhos do perímetro urbano de Rio Preto. A ferrovia passa por 27 bairros e pelo distrito de Engenheiro Schmitt. Segundo o parlamentar, a prefeitura daquela cidade, desde 2009, tem um projeto apresentado ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) solicitando a construção de um contorno ferroviário para desviar os trens. Segundo o projeto, a linha sairia de Cedral e seria levada até Mirassol, passando por áreas rurais. 

A malha ferroviária pertence ao governo federal, razão pela qual o abaixo-assinado foi destinado a autoridades federais. A obra está avaliada em R$ 300 milhões, valor que tem sido impeditivo para a mudança. O apelo é para que o governo apóie o município nesse desvio. 

A construção da Ferrovia Norte-Sul (FNS), que terá trecho em território paulista, também fez parte dos debates. Prefeitos e vereadores da região de Campinas e Sorocaba acompanharam, na Assembleia Legislativa, audiência pública promovida pela Frente Parlamentar que teve exposição do secretário estadual Jurandir Fernandes de vídeos e mapas relacionados à expansão do modal ferroviário. 

Fernandes explanou sobre a revitalização de mais de 200 quilômetros de vias férreas e disse que o governo paulista tem interesse em que esta ferrovia atenda a região do Oeste paulista, indo de Estrela d"Oeste até Panorama, passando por Presidente Epitácio. 

Essa linha férrea, projetada para promover a integração nacional, minimizar custos de transporte e interligar as regiões brasileiras, por meio das suas conexões com ferrovias novas e existentes, quando estiver pronta, ligará Barcarena (Pará) até Rio Grande (Rio Grande do Sul). Desde 2006, a Valec, empresa pública vinculada ao Ministério dos Transportes tem sido a responsável pela construção da ferrovia. Em 2012, a Valec concluiu o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental " EVTEA do trecho de Estrela d"Oeste a Panorama. Também contratou o EVTEA dos segmentos Panorama a Chapecó/SC. 

Em Presidente Prudente, num encontro do coordenador da Frente, deputado Mauro Bragato (PSDB) com lideranças políticas regionais, foi solicitado o retorno das atividades das linhas férreas pela América Latina Logística (ALL), empresa que administra a malha naquela região. No encontro, várias empresas com atuação naquela cidade, expuseram a necessidade da retomada do transporte ferroviário, o que facilitará o escoamento da produção. 

Manutenção 

Já em Rio Claro, o que se pleiteia é a transferência das oficinas de manutenção ferroviária do centro da cidade para a região do Jardim Guanabara. O deputado Aldo Demarchi questionou, em reunião realizada pela Comissão de Transportes e Comunicações da Assembleia Legislativa, o superintendente da ALL, Evandro Abreu de Souza, sobre a demora na concretização desse projeto. Segundo Souza, a transferência do local das oficinas depende de autorização do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT). "Conforme ficou estabelecido no contrato de concessão, cabe ao DNIT elaborar projetos e executar obras referentes à malha ferroviária", afirmou. 

O Ministério Público Federal também participa ativamente dos debates. Neste ano, audiência pública da Frente ouviu o procurador da República Luis Roberto Barroso, que apontou irregularidades praticadas pela concessionária ALL, como a troca de trilhos e dormentes por outros de qualidade inferior, bem como o abandono do serviço de transporte de carga na região de Presidente Prudente. O jurista defende a retomada do serviço público pelo poder concedente. 

Na oportunidade, Ed Thomas (PSB), parlamentar oriundo da região, também criticou duramente a postura da concessionária. "Uma região que já foi produtora de algodão, milho, carne, tomate, amendoim, dentre outros, agora está abandonada". Em resposta, o diretor da ALL, Pedro Roberto de Almeida, propôs uma reunião com o representante do Ministério Público a fim de se buscar um acordo, prometendo disponibilizar trens para transporte se os produtores estiverem dispostos a assinar um contrato a respeito. 

Já Roberto Massafera (PSDB) ponderou sobre as limitações que os agentes públicos encontram. Segundo ele, a cidade de Araraquara, embora tenha recebido verba para deslocar a linha férrea que passa no centro da cidade para o entorno do município, ainda não conseguiu realizar a obra. 

Jean Mafra, da Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), órgão responsável por fiscalizar o setor, o cumprimento das cláusulas dos contratos, os direitos e obrigações das partes envolvidas no contrato de concessão, afirmou que produção e segurança são os pilares observados pela ANTT. Ele afirmou, na ocasião, que a agência tem observado o incremento de investimento no transporte de cargas de forma gradual e crescente. Por outro lado, deve se buscar sempre maior segurança, tornando decrescente o número de acidentes. 

Informações de Agência Alesp; Jornal Unicamp (pesquisa de Cristina de Campos);  portal da Valec (Engenharia, Construções e Ferrovias S.A) e Sindicato dos Ferroviários

terça-feira, 8 de julho de 2014

O que é mobilidade urbana?


Mobilidade urbana é a condição em que se realizam os deslocamentos de pessoas e cargas no espaço urbano de um Município. Assim, a mobilidade urbana adequada é obtida por meio de políticas de transporte e circulação que visam a melhoria da acessibilidade e mobilidade das pessoas e cargas no espaço urbano, através da priorização dos modos de transporte coletivo e não motorizados de maneira efetiva, socialmente inclusiva e ecologicamente sustentável.

No Brasil, a lei federal nº 12.587, de 2012 estabeleceu as seguintes diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana:

1. integração com a política de desenvolvimento urbano e respectivas políticas setoriais de habitação, saneamento básico, planejamento e gestão do uso do solo no âmbito dos entes federativos;
2. prioridade dos modos de transportes não motorizados sobre os motorizados e dos serviços de transporte público coletivo sobre o transporte individual motorizado;
3. integração entre os modos e serviços de transporte urbano;
4. mitigação dos custos ambientais, sociais e econômicos dos deslocamentos de pessoas e cargas na cidade;
5. incentivo ao desenvolvimento científico-tecnológico e ao uso de energias renováveis e menos poluentes;
6. priorização de projetos de transporte público coletivo estruturadores do território e indutores do desenvolvimento urbano integrado; e
7. integração entre as cidades gêmeas localizadas na faixa de fronteira com outros países sobre a linha divisória internacional.

Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Mobilidade_urbana

domingo, 6 de julho de 2014

SP obtém R$ 960 milhões para linha da CPTM que passará pelo Aeroporto de Guarulhos

O investimento total previsto é de € 557,48 milhões (R$ 1,8 bilhão).


Mais R$ 960 milhões estão garantidos para a construção da Linha 13-Jade da CPTM, que vai ligar a capital ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Os recursos serão obtidos por financiamento da Agência Francesa de Desenvolvimento. O contrato com a AFD foi assinado nesta quinta-feira, 3, pelo governador Geraldo Alckmin.

“Está tudo contratado. Oito trens novos, 64 carros, e essa linha que chega ao aeroporto depois ela continuará na Vila São João e Bonsucesso”, disse o governador Geraldo Alckmin.

O investimento total previsto é de € 557,48 milhões (R$ 1,8 bilhão), sendo € 300 milhões (R$ 960 milhões) por meio do financiamento da AFD para Obras Civis, € 80 milhões (R$ 256 milhões) por meio de financiamento do Banco Europeu de Investimento (BEI) para Material Rodante, R$ 250 milhões provenientes do PAC Mobilidade (OGU) para Energia, Telecom e Sinalização e R$ 322 milhões em recursos do Estado de São Paulo como Contrapartida.

A Linha 13-Jade atenderá a demanda em expansão da ligação de Guarulhos com São Paulo. A linha terá as estações Aeroporto de Guarulhos, Guarulhos-Cecap e Engenheiro Goulart, onde fará integração à Linha 12 – Safira (Brás-Calmon Viana), em São Paulo. A estação Engenheiro Goulart, na Linha 12-Safira, foi fechada ao público no dia 23 de junho e o prédio já está sendo demolido. No lugar, será construída uma nova e ampla estação para atender a demanda das duas linhas.

Do Portal do Governo do Estado

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Mulheres ganharão vagão exclusivo em trem e metrô

Por Folhapress/Valor Econômico


São Paulo  -  Os deputados estaduais de São Paulo aprovaram o projeto de lei que prevê a criação de um vagão exclusivo para as mulheres. A ideia dessa composição é evitar o assédio sexual às passageiras durante as viagens, nos mesmos moldes que acontece no Rio de Janeiro.

Pelo projeto, metrô e trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) devem ter um vagão em cada composição só para o uso das passageiras. O chamado "vagão rosa" não funcionaria nos feriados e nos finais de semana, período de menor movimento no transporte público.

Mulheres acompanhadas de crianças, mesmo que do sexo masculino, também podem usar o vagão exclusivo. O projeto segue agora para o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que poderá sancionar ou vetar o projeto.

No projeto de lei, o deputado Jorge Caruso (PMDB) justifica a criação de vagões especiais por conta dos abusos que acontecem nos trens, principalmente, nos horários de pico.

"Sabemos que, infelizmente, grande parte da população feminina é obrigada a conviver com abusos pela falta de espaço nas composições. Essa situação é constrangedora para quem é obrigada a utilizar esse meio de transporte para ir e vir do trabalho, à escola, e outros, pois na falta de espaço nos vagões, as mulheres não têm outra opção senão 'aguentar' esse constrangimento durante todo o percurso, que muitas vezes é longo", diz o deputado no projeto de lei.

"Direito de igualdade"

Procurados, o Metrô e a CPTM afirmaram apenas que o vagão exclusivo para as mulheres "infringe o direito de igualdade entre gêneros à livre mobilidade".

A cidade do Rio de Janeiro tem desde 2006 vagões do metrô voltados para mulheres nos horários de pico. Eles funcionam nos dias de semana das 6h às 9h e das 17h às 20h.